Relatos da população local indicam que, com o falecimento de Lindéia Sette, a sua parte na fazenda foi vendida e loteada por uma empresa do ramo imobiliário, a Sancruza Imóveis e Incorporações (um convite para que os trabalhadores pudessem garantir moradia e se estabilizarem ali). Entretanto, não havia saneamento básico garantido nesse loteamento e, com o tempo, os operários sentiram a precariedade da moradia e também do trabalho que exerciam, havendo a necessidade de se capacitarem para aperfeiçoar seu trabalho e não permanecerem em cargos de remuneração precária. É nesse contexto que surge a Ação Social Técnica.
O título Escola Profissional Tio Beijo é uma homenagem ao Benjamim Garcia (1906 – 1980), morador do bairro e importante liderança comunitária. Seu apelido era Tio Beijo (daí a referência no título da escola). Foi Benjamin quem encabeçou as lutas junto ao Poder Público para garantir melhores condições de vida no bairro. Nessa época, a população local se caracterizava majoritariamente por pessoas em situação de vulnerabilidade social e, sem apoio do Poder Público para assegurar o direto de acesso ao básico, era também uma população em situação de risco social. Nesse contexto, identifica-se que o papel fundamental da Ação Social Técnica, é o de contribuir para transformar tal realidade.