Havia uma grande fazenda de propriedade do Sr. Washington Pires, cuja esposa, Dona Lindéia, deu nome ao bairro.
Em 1966/67 uma empresa imobiliária adquiriu a fazenda e iniciou a venda dos lotes então abertos. Sem nenhuma infraestrutura urbana, sem ruas demarcadas, a Prefeitura de Belo Horizonte se recusou a aprovar o loteamento.
A empresa conseguiu a aprovação pela Prefeitura de Ibirité (município que se limita ao sudeste com o bairro Lindéia).
Antes da abertura do loteamento, alguns moradores da área se organizaram em torno da Conferência dos Vicentinos conta um morador, já com seus 76 anos:
“Quando aqui cheguei em 1962, era tudo mato. Pensava que nunca teria uma casa ali…
Cheguei e quis logo organizar uma Conferência dos Vicentinos, disseram-me que não iria conseguir…. Pois formamos um grupo de 70 pessoas e veja quanto bem fizemos ajudando e assistindo aos pobres…”
A maioria da população se prontificou a participar da construção da igreja.
Ao mesmo tempo em que prosseguia a construção, a igreja logo criou a escola de pedreiro, carpinteiro e caldeireiro.
Da mesma forma, com o correr do tempo, foi sendo organizado o Conselho Paroquial, formado por vários grupos com diferentes atividades.
O nome da Escola Profissionalizante Tio Beijo é uma homenagem ao Vicentino e líder comunitário Sr. Benjamin Garcia, popularmente conhecido como TIO BEIJO, que através de seu engajamento social conseguiu muitas melhorias para o bairro Lindéia e região.
Nasceu em 1906 e faleceu em março de 1981.